quinta-feira, 25 de junho de 2020

Sobre ser de Júpiter

Já não sou a mesma pessoa do texto anterior, hahaha, sou também ele mais um pouco mais. Na verdade eu já era ele, só estava esquecido... Esqueci que acho que sou de Júpiter, sou desse estado gasoso, as formas plasmadas me entediam, gosto da constância do movimento, quero tudo mexendo, por isso danço, porque gosto de tudo fluindo, gosto de como as coisas são, gasosas em algum tempo de sua vida. Antes de ser cinza cada vivo que já morreu era sólido, hoje só são ideias que plastificamos diariamente. Fiz isso hoje com uma foto de meus pais na praia, um TBT, um tiro de saudade. Eles não existem mais juntos, um já se foi, mas eu os recriei na minha rede, fiz um post, uma crônica sobre pertencimento, lá disse que era um hino ao lugar da foto, mas era mais... Era sobre o lugar que meus pais eram para mim, um lugar diverso, parecia uma roda gigante, eu tinha medo de roda gigante. Mas propus um desafio a ela e vez ou outra a visito. Assim também como a meus pais... Minhas rodas gigantes que me ensinaram muito, me ensinam e ensinarão. Ela me ensinou a ser forte como aquela tempestade maior que a Terra que assombra Júpiter, ele me ensinou a ser gasoso, não ter uma forma específica, somos tantos para ser um só, diria ele. Já foi de tudo e de formas específicas povoa a mente de quem com ele cruzou.
É preciso ter fé em Júpiter, por isso vim de lá.
Saudades, Júpiter.


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